Cuidar do bebê e cuidar-se no pós-parto
Comecei a receber massagens da Priscila antes mesmo de o Miguel chegar. As últimas semanas da gestação foram marcadas por uma intensa dor na região da bacia e na lombar. Antes de o Miguel completar um mês, a Pri já estava lá em casa: colchões, lençóis, música e aromas deliciosos em punho, cenário montado e ela pronta para fazer da terça o melhor dia da semana. Era dia de cuidar de mim.
Sim, no pós-parto, precisamos nos doar integralmente - corpo, alma, pensamento e emoção - pros nossos bebês. Mas foi muito bom poder ser cuidada em um momento tão especial. E melhor ainda ser cuidada sem parar de cuidar do pequeno. Priscila domina técnicas de massagem permitindo total conexão mãe-bebê durante a sessão.
A primeira foi difícil. Confesso que não consegui relaxar tudo que podia, porque não tirava os olhos do baixinho. Talvez, porque ainda pensasse que não era hora de cuidar de mim. Mas respeitei estes tempos, e a Pri voltava a cada 15 dias. E era sempre bom, cada vez melhor.
Teve sessão em que dormimos juntos, relaxados ambos. E percebemos, com o passar do tempo, que quanto mais relaxada eu estava, mais ele também ficava. Amamentava durante o atendimento, e a Pri sempre respeitou nosso tempo. Mais do que isso, ela nos incentivava a viver aquele momento juntos, interrompendo quantas vezes fossem necessárias e encontrando as melhores posições para acomodar o bebê sem comprometer seu trabalho e meu relaxamento.
Com o tempo, conseguimos variar posições, trabalhar locais mais complicados do corpo – pescoço, pés e punhos nunca estavam no lugar. E estamos recebendo ela em nossa casa até hoje, Miguel com quase cinco meses.
Nas visitas, ela presenciou algumas “primeiras vezes”. Uma vez, deixamos o pequeno num tapetinho de atividades ao meu lado, para ela conseguir massagear as minhas costas. Eis que ouvimos uma musiquinha. “Pri, você ligou a música?”, perguntei. “Não”, disse ela. Mig tinha alcançado a bolinha que, quando girada, aciona a música. Ficamos emocionadas. Ele tinha ligado o brinquedo sozinho. E tinha apenas três meses!
Lembro de, no começo dos atendimentos, conseguir tirar belos cochilos com o Mig depois de a Pri ir embora. Ficávamos muito relaxados juntos. E, depois que acordávamos, era a vez dele de ser massageado. Eu aplicava as técnicas de Shantala, que aprendi com a Pri no curso Massagear e amar, da Abraço materno.
A Abraço materno é a felicidade pra toda família: eu me cuidando e cuidando do nosso vínculo, do nosso amor, do nosso bebê.
Dupla do bem. Só podia dar nisso, mesmo. bjão!
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